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Jovens e Adultos com Problemas de Aprendizagem: é possível reverter esse quadro?

20 abr tais 0 Notícias

É comum encontrarmos jovens e adultos que já estão na universidade e no mercado de trabalho, ou às vésperas de ingressar neles, mas que apresentam um histórico de fracasso escolar e problemas de aprendizagem desde a infância. Para eles, ler é um pesadelo, se concentrar em atividades que requerem uma atenção prolongada é quase impossível, e escrever relatórios, e-mails, memorandos, pode ser uma grande dor de cabeça e demorar um tempo muito maior do que o previsto. O que acontece com essas pessoas? É possível reverter esse quadro? Dá para cursar uma faculdade e se firmar no trabalho com uma aprendizagem assim?

Quando estamos diante de um indivíduo com problemas para ler, escrever, se concentrar, prestar atenção em uma aula, ou fazer cálculos, seja qual for sua idade, podemos pensar em duas hipóteses para justificar essa situação: dificuldades de aprendizagem ou transtornos de aprendizagem.

As dificuldades estão relacionada a questões pedagógicas, sociais, familiares, econômicas e culturais.  Geralmente são transitórias e podem acontecer em qualquer momento da vida escolar, sendo que, muitas vezes, é possível identificar quando o problema começou e o fato que se associou a esse início. As dificuldades podem ser totalmente superadas, com ou sem o auxílio de um profissional especializado.

Já os transtornos têm origem neurobiológica, o que significa dizer que há aqui um cérebro funcionando de maneira diferente para aprender. Nestes casos temos alterações que são persistentes e seus primeiros sinais costumam aparecer logo no início do processo de alfabetização, acompanhando o indivíduo ao longo de toda a sua vida. Com tratamento adequado, é possível amenizar o impacto que estes problemas trazem para a vida do sujeito, mas ainda não há uma solução total para os transtornos.

Os principais transtornos de aprendizagem são dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia.

A dislexia se caracteriza como um transtorno de leitura que interfere na habilidade de olhar a letra e associá-la ao seu som correspondente. A leitura é lenta, não flui como se esperaria e, muitas vezes, não há compreensão do conteúdo lido. Já a disgrafia é um termo comumente utilizado para nomear o transtorno de expressão escrita que afeta o traçado da letra, sendo a coordenação motora fina a habilidade mais prejudicada nesse quadro. A caligrafia do sujeito com disgrafia é praticamente ilegível e, mesmo quando ele se esforça, sua letra continua sendo produzida fora do padrão aceitável. Já a disortografia é um transtorno em que se observa um número muito maior de erros na escrita do que seria esperado para a idade e escolaridade do aluno. Por mais que ele tente, não consegue escrever as palavras corretamente e nem um texto com sentido. Por fim, o transtorno da matemática, mais conhecido como discalculia, afeta a capacidade do indivíduo de realizar operações matemáticas e manipular conceitos simbólicos. Olhar as horas, decorar a tabuada e manipular cédulas e moedas são exemplos de situações que podem ser difíceis para as pessoas com discalculia.

Além destes, um outro transtorno bastante comum, que não é de aprendizagem e sim de comportamento, mas que também costuma dificultar muito a realização de atividades escolares é o TDAH: transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Nesse quadro, o indivíduo apresenta sintomas como desatenção, hiperatividade física e/ou mental e impulsividade, que aparecem não apenas em atividades de sala de aula, mas também em situações cotidianas, como em casa, na igreja, no clube, no trabalho, etc.

É importante esclarecer que sempre, independentemente da idade, é possível se chegar a um diagnóstico e traçar uma intervenção para cada caso, levando-se em conta a história de vida de cada um e as características presentes. Com um diagnóstico correto e um tratamento adequado, o indivíduo se sentirá mais seguro e preparado para cursar uma universidade, atingir seus objetivos profissionais e melhorar sua qualidade de vida.

Para saber mais, entre em contato com a equipe do Projeto LEIAA! Teremos prazer em lhe ajudar!

 

Taís Ciboto

Fonoaudióloga e Psicopedagoga – Mestre em Educação pela USP.

Coordenadora do Projeto LEIAA – LARES Equipe Interdisciplinar de Apoio à Aprendizagem

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